Este é o tempo das pessoas, não das grandes obras. Este é o tempo de criar condições para a fixação das famílias, não da demagogia.
Nos últimos 41 anos, principalmente nos últimos 20, fruto das más opções políticas, Ponte de Lima inverteu a sua pirâmide etária, ou seja, não conseguimos atrair nem fixar os jovens, as famílias. Praticamente desde 2000 que o nosso concelho não passa de um edifício com uma fachada bonita, porém com um interior decrépito com problemas estruturais. Infelizmente, quem tem gerido o nosso concelho continua a apostar na fachada, esquecendo que esta, logo que o interior ruir, desaba.
No passado domingo, os centristas, Victor Mendes, candidato do CDS, e Abel Baptista, independente apoiado pelo PS, apresentaram os seus candidatos. Se Victor Mendes não sai do discurso redondo e costumeiro da redoma dourada onde vive completamente desfasado da realidade dos limianos, Abel Baptista, apesar do esforço justificativo, não consegue ultrapassar a sua co-responsabilidade no actual estado do nosso concelho. Os dois são realmente as faces da mesma moeda e, se dúvidas havia, ontem deixaram de existir. Continuam a falar de grandes obras, que, na verdade, de grande só têm o custo. As grandes obras deveriam ser as que trazem riqueza aos limianos e condições para que estes possam viver na sua terra, criar as suas crianças, vê-las crescer, permanecendo próximos das suas famílias.
É aqui que a candidatura do PSD é diferente. Colocamos a natalidade e o emprego qualificado na ordem do dia, temas a que os militantes centristas, Mendes e Baptista, no poder nos últimos 20 anos, passaram sempre ao lado.
Percebemos o nervosismo e preocupação dos dirigentes do CDS a nível local, regional e nacional, pois já se deram conta que perderam a maioria na câmara municipal e estão muito perto de perder este histórico bastião da democracia cristã. Os limianos já perceberam que o CDS não fez o que deveria em 4 décadas em nome da sustentabilidade do concelho. A estratégica que o CDS montou há décadas para dominar o concelho está a ruir e Mendes e Baptista lutam pelo espólio resultante dessa ruína.
Ponte de Lima, as suas gentes, vale muito mais que uma guerra fratricida. Em Ponte de Lima vive gente que quer continuar na sua comunidade, que quer ver os seus filhos a crescer e a viver perto de si, com condições para permanecer no nosso concelho.
Porque o futuro só existe com a fixação de pessoas, essa é a diferença da candidatura do PSD, nós apresentámos-nos a estas eleições para construir o futuro, não para segurar ou vingar o passado.