PPD/PSD Ponte de Lima: junho 2009

22 de junho de 2009

Filipe Viana fala na Assembleia Municpal

Sobre a Saúde em Ponte de Lima

Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Municipal
Membros da Mesa
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima
Exmos Senhores Vereadores
Membros da Assembleia Municipal
Senhoras e senhores:



A nossa Constituição da República Portuguesa ainda consagra que “ todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.”

Não houvesse mais motivo para defendermos a saúde, e este seria suficiente.
A despeito disso, também a Lei das Autarquias Locais confere a esta Assembleia Municipal a competência de tomar posição perante os poderes centrais sobre todos os temas de interesse para a Autarquia: A Saúde em Ponte de Lima é, com toda a certeza, também um dos temas mais prementes no nosso concelho. Para isso, o PSD de Ponte de Lima fez esta proposta.
Na verdade, a Comissão Política de Secção do PSD de Ponte de Lima começou por ouvir diversos técnicos da área, no grupo temático da Saúde, tendo expressado a sua preocupação e estratégia em Comunicados de Fevereiro e de Abril do presente, onde denunciou a problemática das obras, a carência de recursos humanos e físicos no Hospital de Bertiandos, a falta de soluções encontradas para o envelhecimento da população, o aumento de doenças crónicas, o consumo de bebidas alcoólicas na juventude, entre outras. Também no dia 26 de Abril de 2009, dando continuidade à auscultação e preocupação que se vinha sentindo nesta área, o PSD organizou um colóquio em Refoios do Lima sobre a Saúde, com a presença de técnicos da área.
Tendo em conta o referido e sabendo que Portugal é o país onde existe falta de planeamento e de estratégia e o acesso aos cuidados de saúde é um dos piores da Europa, registe-se o Relatório ontem publicado pelo Observatório Português de Sistemas de Saúde, temos que assumir as nossas responsabilidades no sentido de inverter esta situação. Por isso, decidimos apresentar esta proposta “A saúde em Ponte de Lima” a esta Assembleia Municipal.

Em primeiro lugar têm de estar as pessoas, por isso é fundamental a criação de condições para uma prestação de cuidados de saúde de excelência para toda a comunidade. É necessário reorganizar os serviços em função de patologias! É necessário ajustar as necessidades das populações às alterações demográficas e proporcionar a resolução dos seus problemas, dado que os doentes necessitam dum serviço completo!

Sabendo que é da competência das Câmaras Municipais a prevenção da toxicodependência, propomos (ponto 1 da proposta) que sejam celebrados mais protocolos de colaboração entre a Câmara Municipal de Ponte de Lima, o IDT – Instituto da Droga e da Toxicodependência e os Agrupamentos Escolares do município, visando o desenvolvimento de competências psicossociais no sentido de promover nos alunos das escolas do município a tomada de decisão, reflectida e autonómica, perante o aliciamento de substâncias psicoactivas.

O acordo protocolar a celebrar deverá reger a colaboração mútua no âmbito da prevenção da toxicodependência, funcionando como instrumento prático e específico para ser aplicado no meio escolar, nomeadamente ao nível das intervenções preventivas na promoção da saúde.

A Prevenção é essencial, sobretudo no Meio Escolar, e tem como objectivos o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis, a melhoria da qualidade dos espaços físicos e relacionais, a minimização dos factores de risco ligados aos comportamentos desajustados e ao uso/abuso de substâncias lícitas e ilícitas, bem como a difusão de informação adequada sobre estas temáticas.


Atendendo não só a esta problemática da toxicodependência, mas também no que diz respeito aos hábitos alimentares dos Limianos, propomos (ponto 2) que sejam promovidos encontros entre os diferentes profissionais que prestam serviços no contexto da alimentação ao serviço da autarquia limiana e/ou outras autarquias, de modo a favorecer-se a troca de experiências e a sensibilização para os cuidados da alimentação saudável e das consequências da obesidade.
Neste concernente, sugerimos a participação em Congressos na área da Alimentação e Autarquias, bem como a celebração de protocolos com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, de modo a podermos ter apoio de nutricionistas nas cantinas das nossas escolas, desde o 1º ao 3º ciclos e ensino secundário, proporcionando ainda aos alunos a sensibilização para o consumo de sopa, legumes, fruta e menos glúcidos ou fast food (hamburguers, pizas etc).
Sendo a alimentação cada vez mais importante no seio das autarquias, em especial a alimentação escolar e social, este tipo de acção permitirá aproximar os diferentes técnicos e responsáveis envolvidos, muitas vezes dispersos pelo país, e apresentar os mais recentes avanços nesta área.

Como todos sabem, uma das nossas maiores preocupações é a Educação / Formação, tema já abordado nesta Assembleia Municipal várias vezes. Por isso, no âmbito da saúde, propomos também incentivar a implementação de programas educacionais e de intervenção relativos à sexualidade humana, toxicodependência, higiene e segurança, alimentação, promoção de estilos de vidas saudáveis, nutrição e actividade física, entre outros. Aliás, já trouxemos a esta Assembleia temas como o Desporto, o Ambiente, a Educação e Economias daí derivadas.

Consideramos que é preciso promover um estilo de vida saudável, fortalecer a autoconfiança e a auto-estima das pessoas, por isso temos que estar ao seu lado e apoiá-las no que precisam. Deve ser esta a nossa Missão, por isso propomos (ponto 3) que se proporcionem rastreios gratuitos e palestras sobre bons hábitos de saúde. Estamos plenamente convictos que é necessário garantir que o cidadão sinta que, algures, na sua retaguarda está um profissional de saúde para o ajudar. Tendo em conta que é necessário agir preventivamente, precisamos de cuidados de saúde universais de forma a abranger todos os cidadãos independentemente da sua condição económica.

Defendemos ainda a criação de um serviço de apoio aos idosos proporcionando uma melhoria da qualidade de vida aos idosos do concelho de Ponte de Lima, através da criação de condições para uma maior autonomia das pessoas no seu domicílio, apoiando o idoso em pequenas tarefas domésticas, defendemos um serviço de transportes qualificado do idoso ao Centro de Saúde; por isso propomos (ponto 4) garantir o apoio domiciliário a idosos sem retaguarda familiar, auxiliando-os em pequenas tarefas domésticas como substituir uma lâmpada, trocar um vidro partido ou até mesmo em pequenas obras nas habitações, sem esquecer o transporte do idoso ao Centro de Saúde mais próximo.

A acessibilidade do serviço, a empatia, a credibilidade, as condições logísticas, as instalações e a continuidade de prestação de serviço, bem como a capacidade de resolução de qualquer eventualidade, são peças chave para garantir a qualidade dos serviços, como consequência, propomos (ponto 5) que seja divulgada eficazmente a oferta disponível no concelho na área dos cuidados de saúde.

Por fim, é preciso sensibilizar as populações para a promoção da saúde, sendo certo que estes devem sentir-se apoiados. Não se podem sistematicamente tomar medidas lesivas da acessibilidade dos cidadãos aos cuidados de saúde e dos direitos constitucionais consignados nesta matéria. Consideramos que existe uma descoordenação política e operacional de diversas medidas, que dependem, intrinsecamente, umas das outras.
Por exemplo, reformulação dos cuidados de saúde primários, extinção das sub-regiões de saúde, desfasada da criação dos agrupamentos de centros de saúde; é necessário trabalhar em conjunto; não há reformas coordenadas, não há modelo coerente que norteie estas medidas, nem objectivos claros nesta área. Há uma disfunção resultante da falta de políticas correctas e tecnicamente fundamentadas.
Acompanhamos a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF), onde se diz que é um projecto que proporciona maior flexibilidade funcional, mais autonomia técnica e organizacional das equipas de saúde. Maior acessibilidade do utente aos seus cuidados de saúde; trabalho em equipa e remuneração de acordo com o seu desempenho, com regras claras, nos direitos e deveres dos utentes e profissionais. São desafios…, Veremos, uma vez que os profissionais de saúde precisam de ter condições para o exercício da sua profissão. Um serviço que possua recursos humanos insuficientes, más condições par ao exercício da sua actividade, excesso de utentes, ausência de qualquer incentivo, sem trabalhar em equipa e sem participação nos processos organizativos e de decisão do serviço, origina descontentamento, desinteresse e desleixo.

Assiste-se a uma ideia fixa de “economicismo” imediato. Este Governo trata a Saúde como um Tsunami, danificando o Hospital, suspendendo serviços, deslocou profissionais, deixou gabinetes vazios, enfim, desorganizou, deslocou, desmotivou e desiludiu.
Dificultou ainda o acesso dos doentes aos cuidados de saúde, não aproveitando as capacidades hospitalares já instaladas. Nesta matéria, defendemos a reestruturação da prestação dos cuidados de saúde com capacidade já instalada, e definidas geograficamente, em espaços geográficos determinados, como sejam Freixo; Refoios; S. Martinho da Gandra, conferindo-lhe mais valências, aproveitamento de recursos e proximidade com os utentes.
Será que poupar é retirar serviços aos doentes, reduzindo recursos humanos, médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico terapêutico, porteiros, entre outros, do nosso Hospital Conde de Bertiandos?

Desde 2006 que o Hospital vai ficando mais pobre. Começou no laboratório, ao obrigar os doentes a permanecer muito tempo em jejum para serem atendidos, uma vez que diminuíram os recursos humanos.

Não vamos politizar sobre a saída Medicina Interna do nosso Hospital. Na altura certa, tomamos as medidas que entendemos convenientes, alertamos a comunicação social escrita e falada e entidades locais; fizemos chegar a nossa actualidade e as nossas preocupações aos deputados do PSD na Assembleia da República. Neste ponto, fomos informados que iriam averiguar a nossa informação, mas que a decisão tinha sido tomada ao nível local (Viana). Neste momento, aguardamos e esperamos que impere o bom senso.

Os meios complementares de diagnóstico, isto é, radiologia, análises, medicina física e de reabilitação, contribuem decididamente para a boa decisão dum diagnóstico que satisfaça as necessidades da população.
É necessário tomar medidas para que os doentes que se dirigem ao UBU (Unidade Básica de Urgência), que ainda é o caso do Hospital de Conde de Bertiandos, tenham um serviço completo: necessitam, por exemplo, de ter análises clínicas 24 horas por dia. Actualmente, sempre que o doente chega ao Hospital fora do horário de funcionamento daquele serviço e necessita de exames, aguarda no Hospital até ao dia seguinte ou terá que se deslocar a Viana do Castelo, a fim de fazer análises, e retornar a Ponte de Lima. Autêntica incoerência, a que acresce o facto do nosso hospital possuir já capacidade instalada para a resolução deste problema.
Na verdade, existem diagnósticos, que tratados a tempo, têm cura. Por isso, não esperemos.

É necessário alargar o funcionamento de serviço de medicina física e de reabilitação até às 20:00 horas. Existem excelentes condições físicas, excelentes profissionais e doentes que aguardam tratamento.

O serviço de radiologia deve fazer os exames a todos os doentes; não se admite que um exame pedido por um médico de medicina geral e familiar não possa ser feito no serviço de imagiologia do hospital. Sabemos que é uma entidade privada… Mas, os doentes têm que ir fazer os exames a Viana ou a Braga. Onde estão os serviços de proximidade?

E para terminar, quem cuida do bem-estar psicológico do cidadão? São necessários técnicos qualificados para apoiar situações de:
Aparecimento, tratamento e manutenção, designadamente, nos problemas oncológicos; adaptação de doentes que sofrem um AVC.

No nosso concelho temos várias pessoas com incapacidades, que não têm qualquer apoio. É preciso referenciar esses casos e ajudar essa realidade escondida.

19 de junho de 2009

Candidatos do PSD



visitam comércio tradicional


Os candidatos do PSD à Câmara e Assembleia Municipal, Dr. Filipe Viana e Dr. Paulo Morais, respectivamente, vão realizar, amanhã, dia 20 de Junho de 2009, a partir das 10.30 horas, uma visita ao comércio local do Centro Histórico de Ponte de Lima, no sentido de conhecer melhor as dificuldades que afectam os comerciantes e partilhar algumas linhas orientadoras para o sector, que vão integrar o programa do PSD nas próximas eleições autárquicas.

16 de junho de 2009

Reunião da Câmara Municipal de 15/06/2008

Intervenção do vereador do PSD

P.A.O.D.


Manuel Trigueiro iniciou a sua intervenção sobre as eleições europeias, reafirmando a disponibilidade dos eleitos social-democratas na defesa dos interesses da região, nomeadamente do nosso concelho.
Recomendou a limpeza de monumentos limianos (cadeia velha), questionou sobre a problemática do encerramento de alguns bares em dia de “Vaca das Cordas” e sobre a obra de instalação do bar do Arnado.
Manifestou a sua solidariedade com todos os que defendem a qualidade dos Serviços de Saúde no Hospital Conde de Bertiandos, recomendando à Câmara Municipal que não deixe de pressionar a tutela na defesa dos interesses dos limianos, pois o objectivo em retirar os profissionais de medicina interna de Ponte de Lima, é acabar com o internamento no hospital no curto prazo.
Solicitou informação sobre o estudo de impacto ambiental relativo ao TGV, questionando se à Câmara Municipal alguma vez foi solicitado parecer quanto ao trajecto Porto – Vigo.
Perguntou se as câmaras de vídeo existentes nos candeeiros da zona histórica têm registo de som e se tal facto está autorizado pela Comissão Nacional de Protecção de Dados.
Insistiu mais uma vez na necessidade de repor o pavimento convenientemente na rua Conde de Bertiandos, assim como a repavimentação da rua Cassiano Baptista.
Referindo-se às obras da zona histórica, solicitou informação sobre projecto das mesmas e sobre a concordância entre o projectado e o executado, nomeadamente no areal.
Por fim referiu alguns casos sociais a merecer apoio e atenção por parte da Câmara Municipal.


Ordem do Dia


Manuel Trigueiro votou favoravelmente as propostas apresentadas no âmbito da “Ponte Amiga”, os apoios solicitados pelas Juntas de Freguesia de Vitorino de Piães, Freixo, Gemieira, Gaifar, Boalhosa, Anais, Friastelas, Cabração, Estorãos, Moreira do Lima, Facha, Calvelo e Seara.
O vereador social-democrata votou ainda favoravelmente os apoios solicitados pelo Rancho Folclórico da Correlhã, Associação Cultural e Desportiva de Calheiros e Centro Paroquial e Social de Beiral do Lima. Aprovou o protocolo com as Associações de Estudantes e Grupos de Teatro, o projecto do parque radical, a aquisição de terreno para o Município, as normas de utilização do Albergue dos Peregrinos e o protocolo geral de cooperação com a Fundação de Ensino e Cultura Fernando Pessoa relativo à edição de um atlas ambiental.

Respostas do Presidente da Câmara

• Nunca foi solicitada opinião à Câmara Municipal sobre o traçado do TGV Porto – Vigo;
• Sobre a obra do Arnado lamentou a posição da Confraria de Santo António, dizendo que nunca interferiram com nada ao longo dos anos e vêem agora, indevidamente, dizer que são os donos do espaço.
• Sobre os bares afirmou que a questão foi com as cervejarias, não compreendendo contudo a sua posição, pois já no passado beneficiaram do que agora contestam. A Câmara apenas apoiou e bem as instituições “A.D. Os Limianos” e a “E.D.L.”.
• Afirmou haver total concordância entre o projecto de remodelação da zona histórica e as obras executadas, afirmando nomeadamente que o areal é propriedade da Câmara Municipal. O prolongamento da rampa já existente, foi executado de forma simples e leve de maneira a que qualquer intervenção de natureza arqueológica possa ser realizada com facilidade e não haja desperdício de custos.
• Por fim referiu que as câmaras de vídeo não estão ligadas, pois para isso têm de ser licenciadas pelo Ministério da Administração Interna. É o MAI que solicita parecer à Comissão Nacional de Protecção de Dados.

15 de junho de 2009

Eleições Autárquicas 2009

Apresentação da Candidatura de Paulo Morais
Candidato à Assembleia Municipal de Ponte de Lima

12 de Junho de 1009

Discurso do candidato

As maratona eleitoral de 2009, com três eleições - europeias, legislativas e autárquicas – chega, ao fim de trinta e cinco anos de regime democrático e numa fase em que os portugueses estão desiludidos com a política
Um total descrédito invadiu as formas de exercício de Poder do Estado português, o legislativo, o executivo e o judicial.
O Parlamento, sede do poder legislativo, não cumpre as missões que lhe estão atribuídas pela Constituição. Deveria fiscalizar a actividade governativa, o que não faz, nem de perto nem de longe. O grupo parlamentar do partido do Governo limita-se a aplaudir de forma acrítica o poder dominante e a maioria dos restantes deputados mais não são do que funcionários dos directórios partidários.
A Assembleia da República deveria ainda produzir legislação de qualidade, que estruturasse com coerência a vida do país e dos cidadãos. Mas também aqui falha em toda a linha. A produção legislativa é extensa e é má. Toda e qualquer lei padece de três funestas características: muitas regras, inúmeras excepções e um ilimitado poder discricionário conferido a quem as aplica.
O poder executivo, o governo, limita-se a cobrar impostos para proporcionar negócios aos amigos e financiadores. Hipoteca o nosso futuro com obras faraónicas como o TGV ou o NAL.
Os ministros percorrem o país em intermináveis sessões de propaganda e, nos intervalos, insultam as várias classes de servidores públicos, os diversos sectores da vida nacional. Hoje insultam os juízes, amanhã tentam humilhar os professores. Tudo o que corra mal, a culpa é do povo, nunca por sua incompetência.
Quanto ao sistema judicial, é melhor nem falar! Há uma ineficácia generalizada do sistema, as polícias e as magistraturas sentem-se inúteis, as decisões dos tribunais oscilam entre o decepcionante e o cómico. Quando políticos como Avelino Ferreira Torres confiam na justiça, quem mais há-de confiar?
E chegámos a este ponto, a este estado deprimente, porque sendo Portugal rico em património e em gente, os seus sucessivos governos não têm sabido aproveitar estas vantagens.
Dispomos de condições naturais, geográficas e humanas únicas. Poderíamos ser desenvolvidos e ricos.
O país tem território e tem gente, ambiciosa e trabalhadora. O ambiente social é o melhor da Europa, os níveis de segurança são invejáveis, a integração dos trabalhadores estrangeiros é pacífica.
E, no entanto, a estrutura produtiva está obsoleta, objectivos estratégicos não há, o estado asfixia a economia.
A localização geoestratégica deste triângulo desenhado por Portugal continental, Açores e Madeira concede-nos a prerrogativa de detentores de meio Atlântico. Poderíamos ser a plataforma de ligação comercial da Europa ao Mundo.
Mas sem o mínimo de organização nos transportes, nas vias de comunicação marítimas, ferroviárias e terrestres, o resultado é penoso.
Temos um clima fabuloso, somos o refúgio temperado da Europa.
Contudo, os portugueses tiritam de frio no Inverno, porque vivem em casas mal construídas. E o turismo, apesar dos progressos, é ainda sazonal e localizado.
Os terrenos e o clima são propícios ao desenvolvimento de agricultura, pecuária e silvicultura de eleição.
Mas o mundo rural está ao completo abandono, salvo a honrosa excepção que é a produção vitivinícola.
Por último, possuímos essa condição de "povo de diáspora, arauto da unidade humana" de que falava Agostinho da Silva. Só que os quase cinco milhões de emigrantes e luso-descendentes espalhados pelo Mundo são desprezados pelas autoridades.
As embaixadas esquecem-nos, os consulados ignoram-nos.
Nem condição eleitoral lhes conferem.
Quantas e quantas oportunidades perdidas por falta de organização adequada do país, e em particular do seu estado!
Mas organização num estado designa-se de política: entregue a uma classe dirigente incapaz, Portugal estará condenado ao subdesenvolvimento. Com outro enquadramento, outras regras, outro tipo de governação e políticos de qualidade, superar-nos-íamos. Se dúvidas houvesse, bastaria observar que são estes mesmos portugueses que constituem 25% da população activa do Luxemburgo, fazendo deste o país mais rico da Europa.
Há que reescrever o enredo desta tragicomédia. É justamente em actos eleitorais que se pode mudar este estado de coisas, não há outro processo em democracia. O povo dispõe ainda dessa arma poderosa, o voto, que deve usar de forma inteligente e estratégica.

E Portugal precisa de um terramoto eleitoral. Ou melhor, de dois. Dum terramoto nas legislativas e oxalá o PSD tenha capacidade para liderar essa mudança, de contribuir para um Parlamento de maior qualidade, com deputados que estejam próximos do seu eleitorado.

E dum outro terramoto, nas eleições autárquicas. Para que as Câmaras deixem de ser centros de negócios para os amigos do poder, para que o poder local deixe de ser uma agência de empregos que tanto custa aos contribuintes.
E passe a cumprir aquela que deve ser a sua missão estratégica principal, cuidar do espaço público, gerar qualidade de vida, organizar o território e geri-lo em função do interesse colectivo.

Portugal precisa duma mudança profunda no poder local, precisa que este sirva os cidadãos.

Disposto a lutar por estas ideias, e tendo percebido a total coincidência de pontos de vista, a identificação ao nível dos princípios com o PSD de Ponte de Lima e os seus dirigentes, percebi que o PSD de Ponte de Lima está do lado certo da barricada.

Não podia pois deixar de aceitar o convite que me dirigiram para encabeçar a lista à AM de Ponte de Lima.

Espero que muitos possam rever neste candidato o retrato de si mesmo desenhado por esse limiano ilustre que foi Norton de Matos:
(e cito)
“Trata-se evidentemente de um candidato de oposição (ao estado em que está) o regime actual, mas dum candidato que exprime uma forte corrente, provavelmente indomada e indomável”.
Tudo farei para estar a altura deste desafio.

Vêm aí pois tempos de mudança.
A campanha que se avizinha não será uma campanha difícil, como dizem. Pelo contrário, será agradável e fácil. Pois que há de melhor do que percorrer as freguesias de Ponte de Lima, falar com os limianos, ouvir os seus anseios e problemas?
E teremos a oportunidade de apresentar a nossa visão e as nossas propostas.
Não é isto mesmo a essência da democracia?
Sabemos que difícil será atingirmos o objectivo a que nos propomos: ganhar a Câmara, a AM e um número significativo de freguesias,
Mas como muitos sabem, já participei em processos perdidos à partida que acabaram por sair vitoriosos. Digo-o sem falsa modéstia, mas sobretudo com a convicção de que estes milagres eleitorais nunca resultam do rasgo individual, mas da vontade, da vontade de cada um, E sobretudo da vontade do grupo, da vontade colectiva, que vale muito mais do que a soma das vontades individuais.
E é esse o apelo que eu aqui deixo, o de uma forte solidariedade no grupo, construamos juntos uma fortíssima vontade, que como sabemos move montanhas.
Iniciamos agora um percurso longo, trabalhoso, mas estimulante. Espero que cheguemos ao final vitoriosos.
Mas mais importante do que ganhar é apresentarmos propostas sérias e concretizá-las em caso de vitória.
Este é um exemplo que peço a todos os elementos da lista.
Uma das razões da descridibilização da política em portugal é justamente esta: os políticos raramente dizem o que querem e quando o dizem, se eleitos, fazem exactamente o contrário do que prometeram.

Mas saibamos aqui dar o exemplo e sobretudo preocupa-me que em caso de vitória, sejamos dignos dessa vitória, tenhamos a capacidade de servir os limianos como eles merecem.
É este o meu maior voto. Sejemos merecedores da confiança que Ponte de Lima deposite em nós, seja qual for a sua dimensão eleitoral.
É ao serviço das gentes indomáveis de Ponte de Lima que aqui estamos.

Viva Ponte de Lima. Viva a liberdade.

Paulo de Morais, 12 de Junho de 2009

9 de junho de 2009

ELEIÇÕES

A Comissão Política do PSD de Ponte de Lima congratula-se e associa-se publicamente com a vitória do PSD nestas Eleições dos Deputados para o Parlamento Europeu, cuja lista do PSD era encabeçada pelo Dr. Paulo Rangel e cujo trabalho foi excelente, onde se preconizou o princípio da mudança.

Mais nos congratulamos com a enorme vitória alcançada pelo PSD no nosso concelho. Na verdade, o PSD encontra-se no bom caminho e com esperança de mudar o rumo das políticas seguidas. É a hora da mudança.

Agradecemos participação de todos no acto da participação cívica por excelência que demonstraram, solicitando, desde já, a participação cívica nos próximos actos eleitorais, onde se faz da democracia uma realidade.

2 de junho de 2009

Reunião da Câmara Municipal de 01/06/2009

Intevenção do Vereador do PSD



PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA


Manuel Trigueiro solicitou informação sobre o processo do TGV, nomeadamente sobre os estudos de impacto ambiental.
Apontou várias deficiências nos acessos ao Centro Escolar de Arcozelo, situação que terá que ser solucionada o mais brevemente possível e deu a conhecer as inúmeras críticas que lhe vão chegando relativamente à construção do bar do Arnado, principalmente sobre uma parede construída muito próxima do cruzeiro ali existente.


ORDEM DO DIA

Manuel Trigueiro votou favoravelmente a redução das tarifas da modalidade nocturna mensal para os moradores do Centro Histórico no Parque do Mercado Municipal e no Parque dos Paços do Concelho; o Projecto Ponte Amiga; a cedência da Escola do 1º Ciclo de Freiria, em Arcozelo para efeitos de acolhimento aos utentes da Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana e os apoios à Junta de Freguesia de Rendufe, Correlhã, Vilar das Almas, Mato, Santa Cruz, Cabração, Facha, Fornelos, Cepões. Votou também a atribuição de subsídios à Casa do Povo de Freixo, à Rusga Típica da Correlhã e ao Grupo de Danças e Cantares de Ponte de Lima. Por último votou ainda favoravelmente a abertura de concurso público para a requalificação do campo de futebol de Vitorino de Piães.

1 de junho de 2009

Paulo Morais


Cabeça de Lista à Assembleia Municipal


A Comissão Política Concelhia do Partido Social Democrata de Ponte de Lima informa que o Senhor Professor Paulo Alexandre Baptista Teixeira de Morais aceitou o convite que lhe foi formulado para encabeçar a lista de candidatos à Assembleia Municipal de Ponte de Lima nas próximas eleições autárquicas.
O PSD e o candidato à Câmara Municipal, Dr. Filipe Viana, agradecem a disponibilidade manifestada pelo Dr. Paulo Morais, reiteram a sua confiança no projecto social-democrata para Ponte de Lima e congratulam-se com as manifestações de apoio que a candidatura, agora reforçada, vem recebendo.
Paulo Morais nasceu em Viana do Castelo há 45 anos, é docente nas áreas de Matemática e Estatística na Universidade Lusófona do Porto, actividade que exerceu em diversas instituições do Ensino Superior nos últimos 20 anos. É director do Instituto de Estudos Eleitorais da Universidade Lusófona e dirige a licenciatura em Ciência Política e Estudos Eleitorais. Investiga também na área da qualidade de vida na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Foi vice-presidente da Câmara Municipal do Porto entre 2002 e 2005, tendo sido responsável pelas áreas do Urbanismo, Habitação e Acção Social. É presidente da mesa da Assembleia Geral da Associação Portugal-Moçambique. Colabora regularmente no “Jornal de Notícias” e na Rádio Renascença. Integra ainda o blog “Blasfémias”.
A apresentação do cabeça de lista à Assembleia Municipal, Dr. Paulo Morais, aos militantes do PSD e à população em geral, terá lugar no dia 12 de Junho, pelas 21:00 horas, no Golf Resort Hotel, no Campo de Golf, na freguesia de Fornelos, em Ponte de Lima.

Filipe Viana ao Jornal Alto Minho



Elege como os maiores problemas do concelho de Ponte de Lima
:
a falta de emprego, com falta de tecido empresarial, parques industriais desertos, comércio e agricultura a definharem; falta autonomia e cooperação estratégica das freguesias; falta urbanismo de qualidade e falta apoio social e familiar. É nosso propósito dotar a Câmara municipal de um serviço efectivo de apoio aos comerciantes e empresários, assim como aos agricultores. É nosso propósito reduzir o IMI para o mínimo legal, quando actualmente se encontra no seu máximo. É também nosso propósito dotar as nossas freguesias de maior autonomia em todos os sentidos, redefinindo também agrupamentos e cooperação estratégicas no território do concelho, planificando valências estratégicas de apoio, e realizando um orçamento Participado, cuja auscultação das pessoas das 51 freguesias fosse real. Propomo-nos criar urbanismo de qualidade, designadamente, com construções que não coloquem em causa o equilíbrio do ordenamento, vias públicas que não dificultem o trânsito, com parques infantis, e espaços verdes e desportivos para as pessoas, cujas partes sobrantes deverão ser valorizadas. E tendo em conta a conjuntura económica difícil, faremos do apoio às famílias a nossa prioridade, em articulação com as instituições de apoio Social, com as Paróquias e as Juntas de Freguesia, com a finalidade de se pôr cobro às cada vez maiores bolsas de pobreza existentes no concelho.


e deseja:

o melhor para as pessoas e para o território: a valorização das pessoas, garantindo-lhes qualidade de vida, formação e informação, e a valorização do território, fazendo valer a nossa terra e garantir a certificação e escoamento dos nossos produtos. Podemos fazer mais e melhor, desde logo, na forma como estamos na política, a forma como tratamos as pessoas, a forma como tratamos a nossa política activa em Ponte de lima. Falamos na forma de estar na política, quando as pessoas não são ouvidas em reuniões públicas. Falamos do urbanismo. Falamos das dificuldades económicas sentidas nas classes económicas dos empresários e comerciantes. É essa a mudança que queremos sobretudo acompanhar, com o contributo da lufada de ar fresco da modernização administrativa e demais atitudes democráticas. Connosco vai haver mudança, uma lufada de ar fresco. Estamos a mudar um ciclo e há muitas pessoas que acreditam nesta mudança, sendo que é crescente a associação de pessoas a este movimento que é de um partido político, mas que é também um movimento de cidadãos que se identificam com esta perspectiva de estar na política.