Na última reunião do executivo municipal de Ponte de Lima o vereador do PSD, Eng. Manuel Barros, fez a seguinte proposta:
PROPOSTA DE RECOMENDAÇÃO
A Ponte Medieval constitui o mais significativo ex-libris do património arquitetónico de Ponte de Lima. Em termos de valorização pode dizer-se que é a “jóia”, orgulho dos limianos e admirada por todas as pessoas que nos visitam. Hoje ninguém conceberia Ponte de Lima, sem a sua Ponte Medieval e sem a sua Ponte Romana.
A atestar a importância destes monumentos escreveu o historiador limiano António Matos Reis: “A ponte teve uma importância primordial nas ligações entre o extremo noroeste e o resto do nosso país, assim como nas relações entre Portugal e a Galiza, uma vez que era o único local onde, em qualquer época do ano, se podia fazer facilmente a travessia do rio Lima. Para além da indiscutível função económica, foi também lugar de comunicação religiosa e cultural, designadamente como lugar de passagem, quase único na Idade Média, dos peregrinos que, das paragens meridionais se punham a caminho de Santiago de Compostela.”
Ainda segundo António Matos Reis: “Durante séculos não houve em Portugal outra ponte que se lhe comparasse. Os forasteiros, mesmos os que procediam de outros países, ficavam impressionados com a sua imponência. Jacobo Sobieski, pai de João Sobieski, futuro rei da Polónia, que a atravessou em 1611, escreveria acerca da nossa ponte que «não se encontrará na cristandade outra de igual obra, beleza e magnificência»”.
Face ao valor e à importância que estes dois monumentos representam para o erário patrimonial concelhio, consideramos que não tem havido o cuidado de lhes dar o tratamento privilegiado que merecem. Os maus tratos que lhes têm infligido representam a falta de sensibilidade existente.
Porém, há sempre tempo para arrepiar caminho, de regresso ao respeito pelo património. Por isso proponho que seja estabelecida uma área de proteção para a ponte medieval, que, a montante seja definida pela proibição de circulação e estacionamento no terreno da antiga feira de gado e a jusante igualmente na área de enquadramento com a Praça de Camões, numa faixa de 15 metros de cada lado, conforme esquema em anexo.
Proponho ainda que seja proibida a fixação de objetos que coloquem em causa e ameacem o seu estado de conservação, como acontece com a cravagem abusiva de espigões aos dias de feira.
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