O vereador da Câmara Municipal de Ponte de Lima eleito na lista do PSD, José Nuno Vieira de Araújo, revelou ter ficado chocado e considerou ser um dia triste para Ponte de Lima com a rejeição da proposta "Toponímia: Monsenhor José Gomes de Sousa", - Padre Zé, para "implementar o nome do Monsenhor José Gomes de Sousa na toponímia local, em Ponte de Lima, na data do seu primeiro aniversário de falecimento, em 14 de fevereiro de 2023, ou numa outra data próxima dessa" por parte dos 4 vereadores da maioria CDS/PP.
O vereador diz não poder conformar-se com o argumento invocado pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal ao dizer que "nunca atribuímos um topónimo a um padre e acho que devemos continuar da mesma maneira", alegando que esse é "o critério" da Câmara.
Segundo o vereador, esse critério não faz sentido e é um ato discriminatório em relação aos padres. No seu entendimento, o Monsenhor José Gomes de Sousa é merecedor de uma homenagem condigna, não só pelo seu conhecido currículo, mas também e sobretudo pela sua ligação a Ponte de Lima durante mais de 50 anos, sendo, para muitos, uma verdadeira referência.
Tanto assim é que o Monsenhor José Gomes de Sousa, aquando do seu falecimento a 14 de fevereiro de 2022, mereceu a aprovação por unanimidade de votos de pesar pelo seu falecimento nas reuniões de Câmara Municipal, no dia 22 de fevereiro, e da Assembleia Municipal, no dia 25 de fevereiro de 2022, tendo merecido um sincero reconhecimento e referência em várias intervenções dos membros eleitos na já referida Assembleia Municipal, incluindo do Senhor Presidente da Assembleia Municipal e do Senhor Presidente da Junta de freguesia de Arca e Ponte de Lima, revelou o vereador.
O vereador do PSD declarou ainda que se este é um critério da Câmara Municipal, como alegou o Senhor Presidente, não compreende como é que em Ponte de Lima existem pelo menos, quatro ruas com a seguinte designação: Rua Beato Francisco Pacheco, Rua Cardeal Saraiva, Rua Cónego Manuel Barbosa Correia, Rua Papa João Paulo II.
Concluiu a sua declaração, dizendo que ficou chocado e incomodado com a decisão da maioria, tendo em conta o património cultural e social religioso em todo o concelho de Ponte de Lima, não se revendo de forma alguma no critério invocado e que o denunciará veementemente por considerá-lo um verdadeiro ato de discriminação.
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