TGV? Não, Obrigado!
Entendemos, desde já, que este projecto parece estar no “segredo dos deuses”, uma vez que há muita falta de informação. As pessoas e cada um dos munícipes de Ponte de Lima têm o direito de saber por onde poderá passar o TGV.
De seguida, estamos a ser prejudicados duplamente. De facto, o manifesto abuso de poder e de falta de respeito pela independência dos municípios está bem patente na elaboração de dois traçados. Estão em discussão dois, mas poderiam ser muitos mais, com os graves prejuízos daí inerentes; só dependia da vontade e do manifesto abuso de poder da administração central, uma vez que não fomos tidos nem achados e esses mesmos traçados nem sequer constam do PDM de 2003, quando era necessária, legalmente, a sua inclusão.
Por estas e por outras, defendemos mais autonomia municipal, ou seja, reforço do poder municipal.
E nós? Que fazer? Ficamos impávidos e serenos a vê-los passar, sem qualquer poder negocial, com uma atitude inerte da Câmara Municipal de Ponte de Lima da política do facto consumado.
Em Ponte de Lima, a Assembleia Municipal anterior debateu o TGV no concelho, sendo que, de facto, não há consenso sobre esta matéria, estando instalada uma verdadeira guerra. Uns estão de acordo com o TGV, outros não, e outros pronunciam-se sobre os traçados. Todos, porém, estão de acordo que nenhum dos traçados é bom, pois destrói núcleos urbanos e património ambiental.
Hodiernamente, a Câmara Municipal de Ponte de Lima oferece o TGV como facto consumado.
Se em termos nacionais, só a realização de um referendo poderá parar o TGV, em termos locais a pressão pode ser feita pelos autarcas, por referendo local, por acção popular, por comissões de freguesias, associações de moradores, ou propondo alternativas ao Sr. Ministro das Obras Públicas, no sentido encontrar um local mais deserto, ou que encontre alternativa pelo mar ou pelo ar.
Dentro da nossa coerência democrática e intelectual, defendemos antes e defendemos agora o Não ao TGV pela não pertinência do projecto de alta velocidade para Ponte de Lima. Os seus benefícios, os elevados custos e os impactes altamente negativos sobre o património construído e as áreas naturais merecem um amplo debate. Encontra-se em Discussão Pública até 13 de Janeiro de 2010 (Estudo de Impacte Ambiental). Para o efeito e nos termos legais, levaremos a cabo o exercício do direito de petição.
Temos que ser resistentes na defesa da nossa e das futuras gerações, pois consideramos o TGV um erro em termos nacionais, regionais e locais.
O PSD apela, cívica e conscientemente, à sociedade civil e demais agentes de decisão para defendermos mais a nossa verdadeira terra.
Não queremos o TGV por convicção.
Sem comentários:
Enviar um comentário